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Uva Sangiovese: tudo que você precisa saber sobre essa jóia da Toscana


Ama um bom vinho tinto da região da Toscana? Então você precisa saber mais sobre a uva sangiovese. Trata-se de uma uva tinta italiana amplamente produzida na Itália, assim como a Uva Barbera. Siga comigo e saiba por que a sangiovese é considerada uma “jóia” da região.

A origem da sangiovese é imprecisa, mas registros históricos apontam que no século XVI já havia produção. Atualmente, é a uva italiana mais conhecida e plantada. Estima-se que cerca de 10% do território de vinícolas na Itália correspondam à plantação de sangiovese.

A uva sangiovese tem um tempo de cultivo longo, mas o fato é que pode ser produzida em diversos lugares, tendendo a se desenvolver melhor em ambientes quentes, de clima seco e de solos calcários. Além da região da Toscana, há grandes plantações de sangiovese em outras áreas da Itália como na Umbria, zona central italiana, e em Campania, no sudeste do país. Estados Unidos e Austrália também são grandes produtores de sangiovese.

Hoje há uma grande variedade dessa uva e o sabor dos vinhos produzidos com ela variam bastante em função da região onde foram cultivadas.


Quais são as principais características da uva sangiovese?

Uma das características típicas da legítima sangiovese é elevada acidez e concentração de taninos. Por isso, é muito comum que os produtores de vinho a misturem com outras uvas, como a canaiolo, mais macia e suave.

Um parêntese importante: a combinação de sangiovese, canaiolo e malvasia é a composição do tradicional vinho Chianti, resultado de experimentos de um barão chamado Benito Ricasoli no final do século XIX.


O fato é que outros produtores da região começaram a questionar as convenções tradicionais e passaram a experimentar outras propostas com a uva sangiovese, misturando-a especialmente com uvas de origem francesa como as da região de Bourdeaux, entre elas, a Cabernet Sauvignon. Surgia, assim, um tipo de vinho conhecido como Super Tuscan (ou Supertoscano) que, em um primeiro momento, não agradou muito os consumidores italianos, mas conquistou o mercado internacional, com grandes apreciadores mundo afora, principalmente nos Estados Unidos.

Alguns vinhos também combinam a sangiovese com merlot ou syrah, resultando em bebidas de textura mais sedosa, acabamento fino e sabor mais frutado do que os rótulos desenvolvidos com sangiovese 100%.


Melhores rótulos com uva sangiovese e harmonização

Alguns dos rótulos mais conhecidos produzidos com a uva sangiovese são dos produtores italianos Brunello di Montalcino Castelgiocondo, Vino Nobile di Montepulciano e Ciacci Piccolomini d’Aragona. Há produtores californianos como Randon Ridge que produzem bons blends com a uva sangiovese cultivada na região.

Os vinhos produzidos com uva sangiovese são perfeitos para quem adora abrir um rótulo para viver uma experiência gastronômica. Em geral, eles harmonizam com massa, carne bovina grelhada e queijos firmes como provolone ou parmesão. Como há essa variação de sabor, dependendo do blend da bebida e da região produtora, as possibilidades são muitas.

Os tintos menos encorpados vão bem com as delícias mais leves da gastronomia italiana, como massas com molho à bolonhesa e pizza. Os mais encorpados são excelentes pedidas para os pratos com sabores mais intensos, como risotos fortes e queijos.


Sangiovese para ter na adega


Se você gostou de conhecer mais sobre a uva sangiovese, vai preferir sentir o sabor e aroma das deliciosas bebidas produzidas com essa jóia da Toscana. Aqui vão algumas sugestões para quem quer ter um rótulo desses na adega:

  • Barco Reale di Carmigano 2011, do produtor Tenuta di Capezzana. Trata-se de um vinho tinto elaborado com 70% de uva sangiovese, 20% de cabernet sauvignon e 10% canaiolo. É maturado em tanques de aço, o que valoriza as notas de frutas.

  • Chianti Clássico Riserva 2011, do produtor Castellare di Castellina. É o legítimo Chianti tradicional que mencionamos. Macio, sedoso, com notas de fruta madura e caráter terroso.

  • I Sodi di San Niccoló IGT 2014, do produtor Castellare di Castellina. Robert Parker, o mais renomado crítico de vinhos, definiu o rótulo como “impecável histórico de excelência e consistência”. Como se não bastasse, o rótulo já foi indicado duas vezes entre os 100 melhores vinhos do mundo pela Wine Spectator. É uma combinação de sangiovese e malvasia.



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