Nunca jogo fora as rolhas porque cada uma me traz lembranças de um vinho e de um momento compartilhado com minha família. Minha coleção possui rolhas de sobreiro, mas também diferentes tipos de tampas ou rolhas artificiais. Caso tenham dúvidas sobre qual rolha é a melhor, hoje quero contar a vocês sobre os tipos, usos e características de cada uma.
A rolha de cortiça natural possui vários usos, mas sem dúvida é o mundo do vinho seu maior consumidor. Seu objetivo principal é preservar o vinho no armazenamento a longo prazo. Porém nem todas as rolhas são iguais. As rolhas de cortiça natural, as mais populares e conhecidas, têm sido utilizadas durante séculos devido à elasticidade de sua estrutura celular.
A cortiça é maleável até certo ponto, com a capacidade de contrair-se e expandir-se, criando uma vedação quase hermética em uma garrafa de vinho. Na realidade, é quase hermética porque um pouco de ar é capaz de passar através dela, uma vez que microscopicamente existem orifícios dentro de sua estrutura. Isto pode ser benéfico ou prejudicial, dependendo do tipo de vinho que está sendo armazenado. Alguns vinhos envelhecem melhor com a exposição ao ar durante certos períodos de tempo, enquanto que outros são mantidos muito melhor na ausência de ar durante o armazenamento.
Tanto o tipo como o tamanho da rolha, são determinados pelo tipo de vinho, a quantidade de pressão contida e o diâmetro do gargalo da garrafa. Atualmente, existe uma ampla variedade de rolhas e tampas para preservar o vinho.
Alguns fabricantes de vinhos, especialmente aqueles produzidos em larga escala, estão utilizando screw caps no lugar de rolhas. Embora o tipo de rolha (ou a falta dela) de alguma forma afeta o sabor do vinho com o passar do tempo, bem como nossa percepção do sabor, também é crítico na proteção dos vinhos à medida que envelhecem.
Fonte: Concha Y Toro
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