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Consumo moderado de vinho é associado a maior expectativa de vida:




Um novo estudo da Escola de Saúde Pública T.H. Chan da Universidade de Harvard descobriu que a adesão a um estilo de vida saudável, incluindo consumo moderado de álcool, exercícios, alimentação saudável e não fumar, está associada a uma expectativa de vida mais longa.


Para o estudo, publicado no The BMJ, o professor de nutrição e epidemiologia de Harvard, Dr. Frank Hu e uma equipe de pesquisadores de Chicago, Suíça, Holanda e China analisaram dados dos 34 anos do Estudo de saúde dos enfermeiros (NHS) e 28 anos do Estudo de acompanhamento de profissionais de saúde (HPFS), que reuniu informações de saúde sobre quase 112.000 participantes, especificamente profissionais de saúde.


O estudo do NHS consistiu de enfermeiras de 30 a 55 anos, enquanto o grupo do HPFS era de profissionais de saúde do sexo masculino com idades de 40 a 75 anos. Foram enviados questionários a cada dois anos para coletar informações sobre saúde. Os pesquisadores analisaram as taxas de três doenças crônicas - diabetes, doenças cardiovasculares e câncer - e também acompanharam cinco fatores do estilo de vida - tabagismo, índice de massa corporal (IMC), atividade física regular moderada a vigorosa, consumo moderado de álcool e qualidade da dieta.


"Com base em dados humanos e estudos de longo prazo, quem tem um consumo moderado de álcool apresenta um risco menor de desenvolver doenças cardíacas, diabetes e pode melhorar a função cognitiva", relatou o professor associado de Harvard, Dr. Qi Sun. "É por isso que consideramos o consumo moderado um dos cinco fatores de baixo risco do estudo".


Os resultados foram promissores para bebedores moderados. "Quando incluímos apenas quatro fatores de estilo de vida sem álcool, as mulheres que aderiram a todos os quatro fatores de estilo de vida de baixo risco tiveram uma expectativa de vida 9,5 anos (homens: 8,8 anos) mais longa, livre das principais doenças crônicas, do que aquelas sem nenhum desses fatores", escreveram os autores. "Após a inclusão de um consumo moderado de álcool, as mulheres que aderiram a todos os cinco fatores de baixo risco tiveram uma expectativa de vida de 12,5 anos (homens: 9,6 anos) mais livre das principais doenças crônicas do que aquelas sem nenhum desses fatores".


Além disso, o estudo encontrou uma correlação significativa entre a ingestão de álcool e o colesterol lipoproteína de alta densidade sérica (HDL). "É justo dizer que o HDL é o bom colesterol e o consumo moderado está associado a níveis mais altos", afirmou o Dr. Sun. Como esperado, fumantes pesados e homens e mulheres obesos tiveram a menor expectativa de vida livre de câncer, doenças cardiovasculares ou diabetes.


Todo estudo que se baseia em auto-relatos e questionários tem limitações. Dr. Sun é cauteloso com relação à capacidade de generalização do estudo e enfatiza ser conservador com os resultados. Além disso, os dados vêm quase inteiramente de profissionais brancos, mas o Dr. Sun argumenta que os dados sugerem que esse seria um estilo de vida saudável para outras populações também.


A equipe definiu o consumo moderado de álcool pelas diretrizes dos EUA como uma bebida por dia para mulheres e duas para homens. Mas um co-autor, Eric Rimm, professor de epidemiologia e nutrição de Harvard, diz acreditar que "a maior evidência mostra que beber moderadamente três a cinco dias por semana ou um dia sim, outro não é mais benéfico".


Embora os pesquisadores não tenham estabelecido se os bebedores moderados viviam mais por causa do consumo de álcool ou por outros fatores, suas descobertas aumentam as evidências crescentes que apóiam o impacto positivo do consumo moderado de álcool na longevidade.


Fonte: Meu Vinho




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